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domingo, 14 de abril de 2024

SL Benfica 3-0 Moreirense FC: lançados para revolucionar mostram que também sabem vencer

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Há uns dias comentei no X que o Carreras e o Rollheiser tinham mais minutos a aquecer do que a jogar. Mas esse comentário envelheceu rápido (e ainda bem) porque hoje Roger Schmidt deu a titularidade ao defesa esquerda e ao intervalo lançou o argentino. E os dois mostraram que tanto aquecimento acabou por dar frutos. 

Mas estas não foram as únicas novidades nas escolhas do treinador alemão para o encontro com o Moreirense na Luz. Em mês de celebração da revolução dos cravos, Schmidt revolucionou também o onze do Benfica e o que se viu foi a chamada “segunda linha” a deixar sinais muitos positivos. É certo que houve distrações aqui e ali, alguns erros e uma certa intranquilidade, sobretudo no início do jogo, que levaram a pequenos sofrimentos desnecessários. Mas de um modo geral o Benfica fez um bom jogo, assumindo o controlo do mesmo desde cedo e sem nunca o perder. 

Das apostas de hoje praticamente todos são merecedores de destaque. Na defesa, Tomás Araújo mostrou-se muito seguro e, apesar de ter jogado apenas 45 minutos, ainda teve tempo de ir lá a frente fazer o seu primeiro golo na equipa principal do Benfica. O miúdo está pronto para assumir. Também Carreras somou boas ações defensivas e ofensivas, combinou muito bem com Tiago Gouveia (que belo jogo do camisola 47!) e provou ser merecedor de mais minutos porque só assim será capaz de evoluir. Ainda neste ponto importa falar de Kokçu e Rollheiser. O primeiro, depois do desentendimento com Schmidt, jogou na sua posição preferida e deu uma belíssima resposta em campo, assumindo da melhor maneira o comando da equipa. Já o argentino, chamado a entrar ao intervalo, encaixou bem na equipa, foi criando perigo e já perto do minuto 80 fez um golo com nota artística. Boa apresentação de Rollheiser. 

Alguns destes jogadores fazem-me perguntar: “por que é que não tiveram mais minutos ao longo da época?”. Frequentemente disse por aqui, assim como tantos outros benfiquistas foram comentando noutras redes, que Schmidt tinha à sua disposição um plantel que lhe permitia mexer sem perder a qualidade dentro de campo. Porém, o técnico mostrou-se sempre reticente nesta questão e acabou por apostar quase sempre nos mesmos homens, acabando por levá-los a um cansaço desnecessário e que hoje é bem visível quando jogam. Desperdiçou-se muito talento e este jogo foi a prova disso.

quinta-feira, 11 de abril de 2024

SL Benfica 2-1 Olympique de Marseille: o típico “depois resolvo”

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Voltámos aos jogos em que é bem melhor o resultado do que a exibição. O SL Benfica parte em vantagem para a segunda mão dos quartos de final da Liga Europa depois de vencer o Marselha por 2-1 no Estádio da Luz numa noite que Roger Schmidt voltou a ser protagonista.

A equipa da casa esteve a maior parte do tempo por cima do adversário, foi controlando o jogo e com relativa calma fez dois golos antes da hora de jogo. E acredito que se pudesse ter chegado ao 3-0 se não fosse a teimosia e resistência do treinador às mexidas. Infelizmente vamos sempre bater no mesmo ponto. Mais uma vez, a partir dos 60/65 minutos notou-se um claro cansaço em alguns jogadores, nomeadamente Di María e Rafa, mas Schmidt voltou a sobrecarrega-los com mais 90 minutos nas pernas…Basta ver meia dúzia de jogos do Benfica para facilmente saber o que é que vai acontecer: quando se muda, quem se muda…é sempre tão previsível. E por isso pouco ou não surpreendeu quando optou por tirar Neres e Tengstedt para lançar João Mário e Marcos Leonardo, as únicas mexidas no Benfica.

Aumentou o cansaço, a equipa continuou a cair, precisava de soluções, mas do banco não saiu nenhuma ajuda. Schmidt permaneceu de mãos nos bolsos a assistir ao encontro como se estivesse tudo bem. O treinador do Benfica tinha ainda três substituições para fazer, tinha motivos para as fazer, porém deixou-se vencer pela resistência à mudança. A sua postura foi inadmissível. Não só hoje, mas sim ao longo da temporada, Schmidt tem-se revelado mais um inimigo do que um aliado do Benfica.

Hoje, mais uma vez, valeu pela vitória.

P.S.: Parabéns e obrigada, Sport Lisboa e Benfica pela bonita homenagem ao mister Eriksson em pleno relvado do Estádio da Luz.




SL Benfica - Marselha

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terça-feira, 9 de abril de 2024

José Mourinho? Não obrigado.

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Começo por dizer: sou um fã de José Mourinho.

Revolucionou o futebol, a forma de estar dos treinadores e a forma de motivar jogadores.

E por isso, ganhou tudo o que havia para ganhar nos países por onde passou.

Deixou no FCP, no Chelsea, no Inter e no Real Madrid equipas montadas que duraram muitos anos e deram muitos títulos posteriormente à sua saída desses clubes.

Quanto ao SL Benfica, culpo Manuel Vilarinho pela sua saída repentina do clube, mas em que Mourinho também não esteve bem na postura agressiva, não valorizando que tinha todos os benfiquistas do seu lado.

E culpo Vieira por ter falhado a sua contratação ao Leiria ao querer impor Jesualdo Ferreira na sua equipa técnica.

Mas porque escrevo sobre Mourinho?

Muito se tem especulado sobre o seu futuro imediato e sobre uma hipotética vinda para o SL Benfica.

Digo com toda a frontalidade: sou contra.

Acho que Mourinho perdeu não a sua “magia” mas a qualidade da equipa técnica. Nos seus anos de ouro, Mourinho tinha o “mojo” mas o trabalho adicional da sua equipa técnica era fundamental.

Hoje Mourinho nota-se que é um tipo sozinho no banco, sem aquela estrutura que acautelava todos os pormenores.

Daí que sem esse respaldo fundamental, acho que Mourinho está destinado a um percurso mais instável, embora os resultados no Manchester United e na Roma tenham sido do que de melhor esses clubes fizeram nos últimos tempos.

Precisamos de um treinador de qualidade e de futuro. Termos Mourinho sozinho com uma equipa técnica colada a papel e cuspo não irá servir de nada.

Roger Schmidt já vai tarde no final da temporada. Há que acautelar o futuro com tempo.

Não acredito que Rui Costa e o contabilista que manda na SAD saibam como o fazer, mas quero acreditar que ainda vão a tempo de aprender.

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